Em que momento morre o amor? Às vezes o amor nasce de um olhar, de uma palavra, de um gesto. Mas eu tenho a impressão de que ele morre muitas vezes. Ele tem mortes súbitas, imperceptíveis. Adeuses que não sabemos que damos. Dias cinzas de chuva que não nos aproximamos. Ou de uma presença que nos foi negada quando mais precisávamos nos aninhar no peito do outro, ou ganhar um abraço em silêncio. Mas talvez o amor morra, morra mesmo, quando os olhos se desencontram, as mãos se desenlaçam, e há um não sei quê de falta. São caminhos que não se cruzam e não flui a alegria do encontro de dois sorrisos. Um beijo que não mais encaixa, um corpo que se torna estrangeiro, uma frase pela metade. Mas, sobretudo o amor morre mesmo é de ausências.”
Ivana Dzakula
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