Às vezes o meu corpo não sai do lugar, mas eu saio.
Saio lentamente, de mansinho, quase sem respirar para não levantar suspeitas, mas saio.
Largo tudo e vou para aquele lugar mágico onde o silêncio é cama para o meu cansaço, onde as memórias dos dias sem pressa, são a calma para a minha raiva; onde me deixo banhar por brisa de ternura aos pedaços.
Às vezes, saio, porque se não sair, emudeço, enfraqueço, adoeço, e não posso, porque a Vida precisa de mim em flor, inteira .
Por isso e por tantas outras razões , saio e regenero-me; saio e recomponho-me; saio e questiono-me; saio e reinvento-me , sem barulho, sem alarido, sem confusões. Apenas eu e eu , olhos nos olhos, sem desculpas, em verdade, mesmo que por vezes doa.
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