Deus me protejaim e da maldade de ge de mnte boa. Chico César

Deus me protejaim e da maldade de ge de mnte boa. Chico César
É aqui onde eu me escondo do vento, me abrigo da chuva, invento canções pra passar o tempo e deixo a brisa me levar. Aqui eu conto histórias, revivo memórias, me espreguiço em lençóis antigos, carregados de saudade, escrevo poesia num papel de pão. Aqui eu fiz um canteiro com minhas flores preferidas, pendurei vasinhos verdes com ramas mais verdes ainda. Tem onze horas abertas, fumaça de café fresco e uma rede pra balançar. Aqui é o meu canto, meu mundo, meu remanso. Este é o meu lugar. -Eunice Ramos.

sexta-feira, 5 de março de 2021



 EPIDEMIA NO ANO DE 1.800 .

OLHEM QUE BELEZA DE POEMA ESCRITO HÁ 2 SÉCULOS ...
Quando a tempestade passar
E se amassem os caminhos
e sejamos sobreviventes
de um naufrágio coletivo.
Com o coração choroso
e o destino abençoado
Nós nos sentiremos felizes
Só por estar vivo.
E nós daremos um abraço
ao primeiro desconhecido
e louvaremos a sorte
de manter um amigo.
E aí nós vamos lembrar
tudo o que perdemos
e de uma vez aprenderemos
tudo o que não aprendemos.
Não teremos mais inveja
pois todos terão sofrido.
Não teremos mais desídia.
Seremos mais compassivos.
Valerá mais o que é de todos.
Que o jamais conseguido
Seremos mais generosos.
E muito mais comprometidos
Vamos entender o quão frágil
o que significa estar vivo
Sentiremos empatia
por quem está e quem se foi.
Sentiremos falta do velho
que pedia uma esmola no mercado,
que você não sabia o nome dele
e sempre esteve ao seu lado.
E talvez o velho pobre
Era Deus disfarçado.
Você nunca perguntou o nome
Porque você estava com pressa.
E tudo será um milagre
E tudo será um legado
E a vida será respeitada,
a vida que ganhamos.
Quando a tempestade passar
Eu te peço Deus, desculpe.
que nos tornes melhores,
como você sonhava com a gente.
(K. O ' Meara - Poema escrito durante a epidemia de peste em 1800
Compartilhando pela pág
Simbóra ;- ;-

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